Em entrevista com o Padre Marcos Aurélio, ele fala sobre o pensamento da Igreja em relação ao Aborto e também fundamenta-se em bases teóricas tentando explicar o pensamento daqueles a favor do aborto. Abaixo encontra-se uma síntese da entrevista.
“No que se refere ao aborto é preciso perceber que o aborto é um atentado contra a vida e à vida do outro. Todo aquele que vai contra a vida do outro é assassino.”
Há uma discussão muito grande entre a Igreja e a Ciência. A Igreja vê o feto como dotado de vida e alma o que difere do pensamento da Ciência que só considera vida após o nascimento. A Igreja prega que a vida é um dom de Deus e ninguém tem o direito de atentar contra ela. Algumas mães acham que o direito à vida do bebê é dela, mas não, pois a vida do bebê é totalmente independente desta no sentido dele ser dotado de características próprias. Esta conduta leva à uma série de complicações sejam elas no ambito biológico, físico, e principalmente, psicológico, sendo que esta última é a mais séria de todas e que leva à uma crise de consciência, muitas vezes levando à depressão. Muitas dessas mães que cometeram o aborto procuram as creches, os orfanatos, institutos para trabalhar como forma de retribuir, de descarregar a consciência daquilo que ela não fez pelo filho. De acordo com o padre que relembrava uma confissão, dizia “ É uma das coisas que mais a perturbava, todas as vezes que ela via uma criança, pensava que aquele ali poderia ser meu filho”.
O Padre pergunta-nos ainda, e se Maria tivesse abortado Jesus Cristo? Como teria ficado a situação do homem diante de Deus? Ele diz ainda que aceitar uma vida, assim como Maria é uma resposta humana no sentido de que o ser humano é livre até mesmo para dizer não a Deus. Quando se diz sim, já é uma atitude de aceitação a Deus, de firmeza. Quanto ao lado moral da história, nunca devemos julgar uma situação como se estivéssemos do lado de fora e sim nos colocarmos dentro da situação.
“Quando Friedrich Nietzsche proclama a morte de Deus,
tudo passa a ser permitido, porque morrendo Deus
morre também a grandeza do homem de ser a imagem e semelhança de um ser divino. Karl Marx vai dizer, Deus é o
ópio, a loucura do homem. Nietzsce vai dizer que Deus é
a paralisia do homem porque impede o seu crescimento”.
tudo passa a ser permitido, porque morrendo Deus
morre também a grandeza do homem de ser a imagem e semelhança de um ser divino. Karl Marx vai dizer, Deus é o
ópio, a loucura do homem. Nietzsce vai dizer que Deus é
a paralisia do homem porque impede o seu crescimento”.
E assim com os filósofos existencialistas dizem que não há mais a necessidade de Deus e tudo isso influencia no pensamento de hoje. Finalizando a entrevista, o padre Marcos Aurélio afirma “ A Igreja continua afirmando fielmente, que apesar de ser um nadar contra a maré, luta pelos direitos humanos e o valor da vida!”
